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DRAG É UM GÊNERO?

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Arte ou Identidade?

O que é Drag Queen? Identidade de gênero? Drag Queen é um transgênero? Quando abordamos assuntos voltados para este universo, é comum a confusão entre ambos os termos. Mas há uma grande diferença entre eles, e a neuropsicóloga Ana Carolina Del Nero nos ajuda a desmistifica-los.

Ana Carolina que fez parte da equipe do AMTIGOS (Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual) de 2014 até o começo deste ano, atendia grupos de pessoas trans que ainda não tinham feito a mudança de sexo. Por exigência do SUS, é exigido que as pessoas que possuam interesse, realizem no mínimo 2 anos de terapia compulsória para que sejam elegíveis para operar (a terapia é feita em grupo). Os terapeutas fazem o encaminhamento para a cirurgia apenas quando julgarem que a pessoa está preparada para lidar com as mudanças físicas e emocionais que a cirurgia ocasiona.

A neuropsicóloga diz que drag queen não é uma identidade de gênero. “Identidade de gênero pode ser uma mulher cis, homem cis, mulher trans, ou homem trans. E, ultimamente, temos vendo cada vez mais pessoas se identificando como não-binárias. [...] O nome “cis” é dado quando uma pessoa se identifica com o gênero que lhe resignado ao nascimento. E uma pessoa não-binária é quando ela não se identifica nem como homem e nem como mulher.” comentou a psicóloga.

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TRANSEXUAL

Todo transexual é um transgênero. A principal diferença é que essas pessoas fizeram a cirurgia para readequação sexual ou passaram por um tratamento hormonal a fim de tornar seu corpo próximo ao sexo desejado. Também é comum que adotem outro nome e lutem para que ele seja aceito.

TRANSGÊNERO

É o indivíduo que não se identifica com o gênero de nascimento. Muitas pessoas transgêneras buscam procedimentos médicos e estéticos para adequar-se ao corpo do gênero a qual pertencem. Mas essas pessoas são consideradas transgêneras a partir do momento que sentem não estarem adequadas ao sexo biológico, até mesmo sem fazer uma cirurgia.

DRAG QUEEN


É uma forma de arte onde a pessoa usa roupas, perucas, acessórios e maquiagem, frequentemente ligados ao gênero oposto. Não tem relação alguma com identidade de gênero ou orientação sexual. Qualquer pessoa pode ser uma drag queen.

O termo DRAG é a sigla para “dressed as a girl” (“vestido como uma garota”), supostamente usado pelo escritor William Shakespeare para denominar que um papel feminino seria interpretado por um homem.

FONTES: Entrevistas, Correio Braziliense e Super Interessante. 

Com toda essa confusão, as drags acabam sendo confundidas com transgêneros ou transexuais. Para falar sobre isso, conversamos com o grupo de drag queens MANXS que contaram a sua visão sobre o assunto e também algumas experiências que envolvem a questão de gênero. 

Segundo Ana Carolina, as drag queens que se descobrem trans depois do processo de montação são relacionadas com a repressão vivia na vida. “Essas pessoas que, não estando em conformidade com as normais sociais em relação a papeis de gênero e sexualidade, sofrem para se encaixarem nas normas sociais. Em geral, quem se monta  como drag queen, cria uma personagem feminina que pode ajuda-lo a se dar conta de algo que já estava nele. As pessoas não se permitirem entrar em contato com esse desconforto em relação a identidade de gênero é algo bem comum. Acredita-se que existam estudos científicos que digam que a pessoa já nasce com a identidade de gênero que ela terá. Se ela será uma pessoa trans, há fortes indícios que ela já nasça com essa predisposição ao nascer. Porém, nossa sociedade reprimiu isso profundamente. Por mais que hoje em dia isso esteja se tornando mais aceitável, ainda é algo complicado. O caminho das pessoas ao se descobrirem trans varia de pessoa para pessoa. Dependendo do grau de desconforto com o próprio corpo/identidade de gênero, existem pessoas que conseguem viver como homem mesmo se identificando como mulher, por exemplo. A vida não é plenamente satisfatória, mas é possível. Porém, há casos em que a pessoa não consegue de jeito nenhum. ”

REPORTAGEM: Diogo Quinto, Ellen Cristina e Gabriel Granja

FOTOGRAFIA/VÍDEO: Ana Paula Catrib e Diogo Quinto

ARTE: Ellen Cristina e Lucélia Alves

© 2018 feito pelos Alunos do 7º Semestre de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi

REPORTAGEM: Diogo Quinto, Ellen Cristina, Gabriel Granja e Raphael Christofoli   

DESIGNDiogo Quinto e Lucélia Alves

ARTES: Ellen Cristina e Lucélia Alves

VÍDEOS: Ana Paula Catrib e Diogo Quinto  

FOTOGRAFIA: Ana Paula Catrib, Diogo Quinto, Ellen Cristina e Lucélia Alves

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